Alguns sinais da automutilação são baixa autoestima e isolamento social reforçam o diagnóstico.
Cada vez mais pessoas nos procuram com dúvidas sobre automutilação, cortes autoinfligidos ou lesões provocadas em si mesmas. São pais, educadores e até mesmo pacientes demandadores destas questões.
A automutilação
Inicialmente, convém explicar que automutilação não suicida é um comportamento repetitivo que ocorre de maneira intencional e impulsiva que não objetiva ser letal. As formas mais comuns deste comportamento são: cortes na pele (70-90%), bater a cabeça (21-40%) e queimaduras (15-35%).
Outras formas de se causar automutilações são: arranhões, perfurações com objetos rombos ou pontudos, autoinfecção, beber substancias nocivas como detergentes ou água sanitária, ou até mesmo quebrar ossos de maneira proposital com a intenção de provocar lesões sem a finalidade de se suicidar. Além disso, pode ocorrer um misto destes comportamentos numa mesma pessoa.
Causas e efeitos
Entre os motivos que levam uma pessoa a provocar estas lesões, identificamos estados de insuficiência em lidar com emoções, como a frustração e incapacidade de expressar seus sentimentos. Solidão e relacionamentos adultos responsáveis constituem os demais fatores de automutilação.
Observamos que as lesões aliviam a dor emocional. Porém este alivio é temporário e provoca um ciclo repetitivo e autodestrutivo.
De forma didática a automutilação consiste nos seguintes objetivos:
- Obter um alivio de um estado mental negativo ou sentimento desconfortável.
- Resolver um relacionamento interpessoal conflitante.
- Lidar com um sentimento intrapessoal como angustia ou tédio.
- Induzir um estado de conforto ou de alívio.
Como prevenir
Alguns sinais de aviso de que a pessoa pode estar sofrendo dos sintomas de automutilação incluem baixa autoestima, isolamento social, dificuldade em lidar com sentimentos e baixo rendimento no trabalho e escola.
Com a presença destes sintomas devemos ficar atentos e encaminhar para uma avaliação com psicólogo ou psiquiatra para firmar um diagnóstico e começar o tratamento adequado.
A presença de um outro transtorno mental é frequente. Ansiedade, depressão, transtorno afetivo bipolar, transtorno obsessivo compulsivo, esquizofrenia e transtorno de personalidade compõe o quadro de transtornos mentais que acompanham a automutilação.
Por último, devemos considerar o risco de suicídio. Esta ameaça é ainda mais preocupante quando associada a automutilação ou em portadores de algum transtorno mental. Somente um profissional treinado é capaz de diagnosticar e impedir a evolução dos transtornos e evitar o suicídio.
Nós do Espaço Figueira Branca possuímos uma equipe capacitada e treinada a fazer o diagnóstico e o acompanhamento das pessoas com estes transtornos bem como orientar os familiares e responsáveis de como ajudar aqueles que padecem da automutilação e de outros transtornos mentais.
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