desafios-da-sobriedade-como-lidar-com-a-dependencia-quimica-300x199

Sobriedade: como lidar com a dependência química

O maior desafio da sobriedade é lidar com a dependência química e encontrar o ponto de equilibro entre abstinência e a recaída.

Falaremos em sobriedade e como lidar com a dependência química. Usarei a palavra sobriedade referindo-se a um estado de equilíbrio físico e psíquico, e ponto de partida para aprender a dizer NÃO ao uso de substâncias que causam dependência química.

Sobriedade

A sobriedade é construída a todo instante. Para isso, é preciso treinar a percepção para identificar os gatilhos que colaboram com o impulso de busca e uso de álcool e drogas.
Trata-se de um processo em que há treinamento de habilidades e aplicação de técnicas de tratamento da psicologia ou da psiquiatria.

Psicologia

  • Da Psicologia utilizamos técnicas que promovem abstinência (resistir a vontade de usar a droga) e previnem recaídas, sempre focadas na construção dos principais elementos que impulsionam a melhora de vida do paciente.

Estamos falando em ajudar o paciente a redescobrir e redefinir seu propósito de vida, que antes tinha se perdido, e tudo foi direcionado para o uso de substâncias que causam dependência.

Psiquiatria

  • Da Psiquiatria utilizamos os sintomas apresentados nos sistemas biológicos e no organismo como um todo (paciente) para diagnosticar doenças médicas ou mentais e traçar o tratamento que melhor atenda as necessidades do paciente.

Além disso…

Além destes conhecimentos, devemos levar em conta as dificuldades emocionais, econômicas e culturais que conflitam com a sobriedade e reforçam a incapacidade de desenvolver novas relações sociais com o intuito de se manter sóbrio.

Conclusão

Neste sentido os desafios da sobriedade consistem em construir os pilares que sustentarão o ser humano em sofrimento psíquico decorrente do uso de álcool e drogas. Assim, o tratamento se constrói com ênfase na saúde física, mental, emocional, social, apontando o desenvolvimento da individualidade e resgate do proposito de vida. Além disso, o tratamento Psicológico em conjunto com o Psiquiátrico é o meio mais eficaz de atingir a recuperação da dependência química.

No Espaço Figueira Branca você encontra uma equipe com esta visão multisistêmica para permitir a você dizer NÃO ao uso de álcool e drogas e transpor as dificuldades para ir de encontro à sobriedade.
Entre em contato!

coringa-reprod-warner-escada_widelg-300x169

Filme Coringa: do cinema à psiquiatria – parte 1

Temos ouvido muito falar sobre o filme Coringa que está em cartaz nos cinemas. Esta obra prima, como muitos falam, tem despertado opiniões acaloradas e dilemas, sejam pelos aspectos científicos ali apresentados ou pela interpretação magistral de Joaquin Phoenix. Para além da imagem do filme, podemos colaborar com algumas reflexões relacionadas aos aspectos científicos.

  • Primeiro: o Coringa sofreu abuso físico e psicológico quando criança pelos pais. Aqui devemos esclarecer que uma criança exposta a qualquer tipo de abuso, pode, na vida adulta, desenvolver transtornos mentais, como: ansiedade, depressão, quadros psicóticos e dependência a álcool e drogas.
  • Segundo: seu riso descontrolado e sarcástico. Em umas das cenas há uma passagem subliminar onde o protagonista sofre uma lesão na cabeça quando preso a um aquecedor. Riso incontrolável ou inadequado pertence a uma condição neurológica rara chamada Síndrome Pseudobulbar. É uma alteração de circuitos neurais que podem ter origem em doenças como epilepsia, tumores cerebrais, doenças desmielinizantes (como esclerose múltipla e esclerose lateral amiotrófica) e sequelas de Acidente Vascular Cerebral, bem como em alguns estágios da doença de Alzheimer.

A arte do cinema pode nos levar a imaginar que o trauma na cabeça favoreceria o surgimento da Síndrome Pseudobulbar. Neste caso, a relação causal é pequena, mas nos faz questionar.
Se a causa das risadas são decorrência da Síndrome Pseudobulbar será interpretação pessoal de cada um. O que sabemos é que as situações sociais vividas pelo Coringa, a dificuldade das pessoas compreender este descontrole do riso (motivados por situações de estresse), as agressões recebidas por causa das risadas, reforça a criação do comportamento violento.

  • Terceiro: seria o Coringa portador de uma doença mental? Nas cenas de delírios e alucinações interpretadas por Phoenix podemos afirmar que sim, principalmente quando ele nos revela que interrompeu o uso de seus medicamentos controlados. A maestria da arte do cinema se manifesta quando o ator elabora e executa seu descontrole bem como seus delírios e alucinações vividos pelo personagem.

Para finalizar, ele é um Psicopata? A doença mental o tornou violento e agressivo? A Síndrome Pseudobulbar (risos incontroláveis) poderia ser a causa do comportamento antissocial? Iremos responder estas questões na parte 2 deste artigo.

Gostou deste artigo? Compartilhe! Somos uma clínica especializada em atenção à saúde mental e dependência química. Visite-nos nossas redes sociais ou entre em contato conosco, assim poderemos lhe orientar e ajudar na sua necessidade. Até a próxima semana!